Da cavalaria Paulo Coelho

 

Do livro “O Caminho da Nobreza Sufi”:

“Receba aquele que o procura, e não corra atrás de quem o rejeita. Desta maneira, você estará criando um laço de harmonia com o seu semelhante”.

“Um noviço não deve ser expulso por causa de suas faltas. Quando alguém está fazendo um esforço para melhorar, isto deve ser apreciado e honrado por todos”.

“Um estranho não deve ser aceito por causa de suas qualidades. Quando vemos alguém muito ansioso para mostrar como é bom e compreensivo, precisamos testá-lo com severidade. Porque ele busca aplauso para seus gestos, e pode ter perdido a humildade”.

“Vá sempre além das aparências. Escute. Veja. E confie em suas impressões”.

 

Do combate

 

Diz uma bela página da literatura árabe, citada por Mansur Chalita: “a metade do mundo sempre te será adversa: se fores bom, os maus te combaterão; se fores mau, os bons te combaterão”.

É claro que existe ainda uma terceira possibilidade: não ser nem bom, nem mau. Isto significa não tomar uma posição diante da vida, passar o tempo todo fingindo não perceber o que acontece a nossa volta.

Quem age assim, não tem metade do mundo lutando contra si; tem o mundo inteiro contra. Por mais que tente agradar, só consegue desagradar a todos. Dá uma mão, e um braço lhe é pedido. Tenta corresponder uma expectativa, e termina decepcionando mais ainda.

Bem feito. Porque quem age assim, está evitando os desafios que todos nós temos que enfrentar.

Da definição

 

Diz o rabino Adin Steinsaltz, em “A Rosa de Treze Pétalas”:

“Quando alguém procura descobrir quem é, usando coisas secundá­rias como termo de comparação, termina encontrando uma série de conchas vazias – que dependem uma das outras para fazer sentido”.

“Não é correto definir-se como amigo de fulano, filho de bel­trano, executivo em tal cargo, realizando esta ou aquela tarefa. Porque tudo que iremos descobrir através deste método são aspec­tos de nós mesmos – aspectos geralmente sombrios e incompletos, de alguém que está tentando tornar-se visível à custa dos outros”.

“A única relação que podemos estabelecer é com Deus; a partir daí, tudo começa a fazer sentido. Deixamos de ser um copo vazio, e nos abrimos para um significado maior”.

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